É “chover no molhado” (sendo bem popular!), dizer que hoje vivemos cercados de câmeras de vídeo por todos os lados. Em todas as lojas, supermercados, bancos, shoppings ou até mesmo pequenos comércios, nos condomínios onde moramos, elevadores, etc…Enfim não há limite para elas: as câmeras são protagonistas da nossa vida real! E elas chegaram a atingir até as nossas próprias casas, dentro do nosso mais sagrado refúgio: o lar, para vigiar os empregados domésticos, os pobres animaizinhos ou a nós mesmos?
Esta questão se torna fundamental numa sociedade que preza pela privacidade, pelo individualismo e pelo respeito ao próximo, será que precisamos ser vigiados o tempo todo para termos a certeza de que podemos confiar em nós mesmos? Será que quando as câmeras não existiam éramos mais corretos? Acho que são perguntas sem respostas ou respostas desnecessárias, pois já chegamos a um ponto do qual não podemos mais retornar.
As câmeras estão aí para nos fiscalizar e punir quem cometer uma infração, muito justo.
Mas o que vem acontecendo mesmo, na maioria das vezes, é o big brother da vida real, as pessoas são flagradas em situações idiotas ou tão banais que se tornam engraçadas?!?! O pior disso tudo é que essas imagens podem se tornar públicas. Por conta dessa exibição toda hoje em dia as pessoas querem mais é se expor, se mostrar para quem sabe conseguir os seus 15 minutos de fama, como dizia Andy Warhol.
Essa banalização toda faz nascer, cada vez mais, fenômenos populares incríveis (sem citar nomes!), tem cada coisa, cantor ou artista fazendo sucesso por aí. E o povo gosta e tem gente ficando famosa do dia pra noite e fazendo de tudo também para reconquistar a fama perdida. Todo mundo pode ser alguém e qualquer um pode ser famoso. O que não significa que a pessoa tenha algo relevante para mostrar ou ensinar. É a popularização da “arte”, a massificação da famosa cultura pop.
Zeitgeist ! Sinal dos tempos, ou será que eu tô ficando velha?