Jum Nakao vai muito além do fashion design.
Um nome que marcou a moda brasileira e que invadiu o cenário das artes plásticas, Jum Nakao, pode ser considerado um designer brasileiro de sucesso no mundo todo.
Radicado em São Paulo e neto de japoneses, de onde nasceu a origem de seu nome, Jum imprime a sua personalidade forte em todos os seus trabalhos.
O ano: 2004, o lugar: São Paulo, o evento: São Paulo Fashion Week.
Neste momento, que já está no passado da moda brasileira, Jum Nakao escreveu de vez o seu nome no consagrado e seleto mundo dos designers.
Com o desfile “A Costura do Invisível”, fez história quando levou às passarelas modelos vestidas com roupas de papel, isso mesmo, papel vegetal em diferentes gramaturas; e completando o look, maquiagem e perucas do tipo playmobil. Foi sensacional, recebeu o título de desfile da década.
O trabalho era minucioso e foi modelado no próprio corpo das modelos da maneira oriental, ou seja, perfeita. Os detalhes simulavam rendas e brocados, através do trabalho manual elaborados nos relevos do papel.
Ao final do desfile, as modelos rasgavam os papéis, simbolizando, de um modo palpável, a efemeridade da moda. Foi o ápice, inesperado, e um desapego jamais demonstrado antes. Criador destruindo a criação!
Depois disso, Jum poderia não ter produzido nada tão fantástico quanto àquele evento único. Ao contrário, são dezenas de trabalhos importantes, que, cada vez mais, o consagraram como designer reconhecido internacionalmente.
Um dos seus últimos trabalhos, uma instalação num shopping, Jum criou uma instalação lúdica e futurista, onde as pessoas podiam interagir, transcrevendo seus desejos para serem enviados através de balões.
Estar naquele local e interagir com aquela instalação significava entrar num outro mundo, o mundo dos sonhos. Quem teve a oportunidade de passar por lá, podia sentir-se assim, toda a atmosfera contribuía.
Jum Nakao, um designer, um artista, um nome que representa a força e a sensibilidade em prol de uma identidade.
LKV
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