Ano passado, Gisele Bündchen lançou o seu livro: ‘Aprendizados’, uma carta aberta ao público sobre a sua vida. Mas, não é sobre o livro ou a vida da modelo, o post. Ela é apenas um exemplo de mulher que também se aproxima de nós, como tantas outras. A maioria das pessoas não sabe, porém a ‘über’ model foi rejeitada como modelo 42 vezes no início da carreira. “Lembro que me diziam que meu nariz era muito grande ou que meus olhos eram muito pequenos, que eu nunca poderia aparecer na capa de uma revista”, revela. Só que essa história tem um final feliz e bem sucedido, no ano em que se aposentou das passarelas ela ganhou 44 milhões de dólares, sem nunca ter precisado se submeter à uma plástica no nariz.
Se até Gisele já teve seus dias difíceis, imagina nós, ‘simples mortais’!
É sobre aceitação, o tema. Porque obviamente, estamos em uma luta pela democratização da beleza e o ‘fim’ da era do padrão plastificado e inatingível, as coisas estão, lentamente, mudando. Mas, a realidade do dia a dia da maioria de nós, ainda é difícil lidar com tudo o que nos gera inseguranças. Às vezes, um relacionamento tóxico com alguém, por exemplo, é o suficiente para causar muitos danos à autoestima.
Na intenção de agradar, a gente tenta se moldar dentro de um ‘quadrado’ que não nos representa ou nos pertence, então esquecemos da nossa essência. Daquilo que nasce com a gente, o que nos move a evoluir. A partir do momento em que desistimos daquilo que acreditamos para sermos enquadradas em algum padrão, adoecemos. Não nos reconhecemos. Ficamos distantes de nós mesmas.
Como no caso de Gisele, o que aparenta ser um problema para muitos, para outros pode ser um ponto positivo, de diferencial. Por isso não vale a pena mudar e desistir de si por algum motivo alheio à nossa vontade. A crítica e a rejeição fazem parte!
Não estou falando só de beleza ou aspectos físicos, é muito mais do que isso. É sobre personalidade e a maneira de ser e de viver de cada pessoa. Às vezes, o seu jeito espontâneo e natural pode incomodar, simplesmente pela coragem da sua autenticidade. E, para não incomodar aqueles que estão ao seu redor, a gente começa a aparar as arestas, e acaba cortando demais.
Dá até para achar que é feliz dentro do quadradinho dos outros, mas lá no fundo começa a incomodar, a doer e de repente as coisas começam a estragar. Como um aparelho eletrônico que simplesmente não funciona mais.
Por isso, o mais importante é se aceitar, da maneira que somos. Seja no corpo ou na mente, cada uma nasce com o seu jeito, que é único. Não existem duas pessoas iguais no mundo.
Se alguma coisa sua incomoda o outro, não é problema seu! Tudo muda quando a gente se aceita de verdade com todos defeitos e qualidades. Daí, você percebe que não precisa mudar para se encaixar na vida de ninguém. Naturalmente, as peças vão se encaixando, as pessoas semelhantes vão se encontrando, a vida vai se encarregando de desenhar o caminho a ser seguido. Não vale a pena mudar por alguma coisa ou alguém, além da nossa própria vontade, do que somos, ou acreditamos.
Não sacrifique sua essência pelo medo de não ser aprovada. Ninguém é perfeito!
LKV
fotos: reprodução/Pixabay/WeHeartIt
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