Um recente estudo realizado pelo americano NPD Group, mostrou que o consumo de bolsas de luxo vem caindo significativamente. Seria apenas uma crise passageira ou uma nova maneira de consumir?
“A empresa americana de pesquisas de mercado, observa que as vendas do acessório caíram mais de 20% em 2019, o que indica uma importante mudança no comportamento das consumidoras. Para a analista Beth Goldstein, do NPD, o relatório divulgado no dia 9 de outubro traz informações alarmantes para as marcas do segmento de acessórios. “Isso, claramente, não é uma variação corriqueira, mas uma grande mudança”, afirmou. Os fatores que influenciam tal mudança são vários. Enquanto muitas mulheres deixaram de adquirir bolsas novas para investirem em outras roupas e produtos, outras migraram para o mercado second hand. “Os consumidores estão transferindo seus gastos para outras categorias porque suas prioridades mudaram”, disse Goldstein, apontando os setores de entretenimento e tecnologia como os grandes concorrentes do segmento de acessórios.”
(fonte: metrópoles.com)
Baseado nisso, me pergunto: seria uma mudança real mesmo? Nada contra as it bags ou o mercado de luxo, mas vamos combinar que elas não são tão importantes assim e existem muitas outras prioridades na vida, mesmo que as grandes grifes de luxo não concordem.
Claro que uma crise financeira não afeta tanto a vida das grandes fortunas mundiais, mas uma mudança de comportamento das novas gerações pode reavaliar tudo.
O que significa que a busca pelo ‘status’ vem mudando. Antes, ostentar peças de grandes grifes era o TOP; hoje, coisas mais subjetivas fazem muito mais a cabeça das pessoas.
No livro ‘A Soma das Pequenas Coisas: Uma Teoria da Classe Aspiracional’, a socióloga Elizabeth Currid-Halkett comenta que a elite agora se define por meio do capital cultural.
“Eles ficaram mais discretos. Hoje, comer frango e tomates frescos ao ar livre, vestindo camisas de algodão orgânico e ouvindo podcasts, virou algo mais cool do que ostentar uma bolsa cara.”, afirma a socióloga.
Também acredito em uma nova maneira de consumir. Lógico que é uma mudança lenta e que vai ganhando força à medida que novas gerações também comecem a ganhar poder de consumo. Mas, como vivemos tempos de mudanças de comportamento em todos os níveis, a maneira de consumir também será reformulada. A ideia do ‘menos é mais’ é uma questão de sobrevivência.
Diminuir excessos. Reinventar novos produtos biodegradáveis. Reaproveitar velhos materiais. Transformar os ciclos de produção. Traduzir um novo pensamento.
Bora refletir!
LKV
fotos: reprodução/Google/Pixabay/WeHeartIt
Eu vivo feliz perfeitamente sem uma 👛 delas. Hoje repenso minhas prioridades.
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